Próprio punho

De onde vem a força do agronegócio?

http://www.youtube.com/watch?v=tRZo8WFM7uw&feature=player_detailpage

Protesto contra projeto de lei Blairo Maggi

Segue manifesto de entidades e pessoas contra projeto de lei que desconsidera o Pantanal e sua integração com o entorno e os modos de vida das comunidades tradicionais que habitam o bioma.





MANIFESTO EM DEFESA DO PANTANAL

PANTANAL INTEIRO E NÃO PELA METADE!




Nós, Pantaneiros e Pantaneiras, que vivemos, que amamos e que defendemos o Pantanal, mais uma vez nos dirigimos à Sociedade para compartilhar nossa luta na promoção da vida no Pantanal. Fazemos um alerta: é preciso a gente “se juntar” de novo para que o nosso Pantanal, tão rico e frágil, possa ser levado a sério.

Está Tramitando no Senado Federal o Projeto de Lei nº 750/2011 de autoria do Senador Blairo Maggi, que dispõe sobre a Política de Gestão e Proteção do Bioma Pantanal e dá outras providências. Ao analisarmos a proposta, pudemos observar que ela tem os mesmos problemas que apresentamos durante as audiências públicas para aprovação, pela Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, da Lei nº 8830/2008 que dispõe sobre a Política Estadual de Gestão e Proteção à Bacia do Alto Paraguai no Estado de Mato Grosso.

Dirigimos-nos também às autoridades, especialmente ao Senado Federal, a fim de Manifestar que queremos respeito sobre nossa opinião em relação ao Pantanal. Não queremos que, mais uma vez, interesses de mercado oriente a gestão sobre o bioma pantaneiro, se não puder ajudar, ao menos não atrapalhe com leis, que sob o preceito de “proteger” coloque em risco nosso bioma. Queremos contribuir na Elaboração do Projeto, não apenas discutir uma proposta, que sequer sabemos quais critérios foram utilizados para apresentação das diretrizes.

Liminar derruba ZSEE de Mato Grosso

Após grande luta dos movimentos sociais de Mato Grosso, Zoneamento Sócio Econômico e Ecológico de Mato Grosso, instituído pela lei estadual 9.523/2010, deixa de ter aplicabilidade, de acordo com liminar concedida pela Justiça Estadual de Mato Grosso em Ação do Ministério Público Estadual.
Vitória!



Justiça suspende lei do zoneamento ambiental de Mato Grosso
MP apontou que estado poderia perder recursos naturais com a lei em vigor.
Governo do estado ainda não foi notificado da decisão.




Ericksen VitalDo G1 MT


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A Justiça de Mato Grosso determinou a suspensão dos efeitos da Lei 9.523/11, que trata do Zoneamento Socioecológico e Econômico, sancionada em abril do ano passado pelo governador Silval Barbosa (PMDB). O zoneamento é um instrumento fundamental para a política de planejamento e ordenamento territorial para atividades econômicas do estado.

O juiz da Vara Especializada de Meio Ambiente de Cuiabá, José Zuquim Nogueira, atendeu ao pedido formulado em setembro de 2011 pelo promotor Domingos Sávio, que apresentou uma série de irregularidades e eventuais prejuízos ambientais com a entrada em vigor da lei. Ao G1, o procurador-geral do estado, Jenz Prochnow, afirmou que ainda não notificado sobre a decisão judicial. O estado pode recorrer da decisão.

Outro jornalismo possível

Eu quero um outro jornalismo



Por Keka Werneck


Eu quero um outro jornalismo, viu Enock Cavalcanti. Um que tenha disposição de se indispor, como você me cobra sempre. Um outro jornalismo, como o proposto pelo Ailton Segura, que dê espaço ao pobre do repórter, para que ele possa se expressar e não ser apenas uma máquina tosca, repetidora, maritaca. Quero um jornalismo pé no chão, de acordo com Gibran Lachowski, que seja a voz do povo sofrido. Um jornalismo que questione os ricos o tempo todo, porque, como sabemos eu e Marcela Brito, quanto mais um ganha outro perde na lei do capitalismo.

Quero um jornalismo que saia incansavelmente às ruas, como o de Alecy Alves, para alegria da professora Sônia Zaramella, que lamenta o repórter burocrático, assentadinho em frente ao computador, telefone à mão, celulares ao bolso, asséptico. Um jornalismo que sua a camisa, que volta sujo para a redação, porém realizado no âmago.

Carta dos extrativistas do Cerrado

As comunidade tradicionais do Cerrado brasileiro, mobilizadas na luta pelos seus direitos. "Não há defesa do Cerrado, sem os povos do Cerrado".



CARTA DOS EXTRATIVISTAS E AGROEXTRATIVISTAS

Goiânia, 03 de fevereiro de 2012.
À Sociedade Brasileira

Nós  ‐  extrativistas,  agroextrativistas,  agricultores  familiares,  assentados,  mulheres  quebradeiras  de  coco  babaçu,  vazanteiros,  ribeirinhos,  geraizeiros, retireiros e pescadores dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Piauí, reunidos na cidade de Goiânia nos dias 1 e 2 de fevereiro de 2012, após avaliação  e  análise  criteriosa  do  que  vem  ocorrendo  nos  cerrados  brasileiros,  vimos  a
público informar e exigir providências imediatas diante da grave situação que se encontra esse bioma e seus povos. Para isso destacamos:

Até  hoje,  tanto  o  Executivo  como  o  Legislativo  sequer  se  dignaram  a  votar  o pleito  antigo  dos  Povos  dos  Cerrado  de  considerar  nosso  bioma  como Patrimônio  Nacional  como  são  reconhecidos  a  Amazônia,  o  Pantanal  e  a  Mata Atlântica. Por quê? Por quê?

Ignora‐se que esse bioma detém mais de um terço da diversidade biológica do país?

Ignora‐se  que  é  no  Cerrado  que  se  formam  os  rios  que  conformam  as  grandes bacias  hidrográficas  brasileiras  como  a  do  São  Francisco,  a  do  Doce,  a  do Jequitinhonha, a do Jaguaribe, a do Parnaíba, a do Araguaia/Tocantins, do Xingu, do  Tapajós  e  Madeira  (da  bacia  amazônica),  além  dos  formadores  da  bacia  do Paraguai e do Paraná/bacia do Prata?

Ignora‐se  que  estão  relacionadas  ao  Cerrado  as  duas  maiores  áreas  alagadas continentais do planeta, ou seja, o Pantanal e o Araguaia?

Poema sem pretensões

pOema, sem prentensões, em dias de aflições

fui dormir com injustiças na cabeça
muitas milhares de aflições entre acordes e palavras...
esperança renasceu quando uma canção de amor de 2 megabaites rolou simples
num pequeno aparelho que me confunde com tantas letras
antes fosse o próprio amor, aquele que tem cheiro e gosto de chuva a cair sobre o chapéu 
e a escorrer no lábio, sedento de um grito
mas foi ele mesmo, esse mesmo amor que brota como um caroço de feijão na segunda série, quando nos 80 a gente assim fazia em algodão banhado em água
e que em 2012 a gente colhe em flash movie
que forjou a esperança pro amanhã e a luta pros dias seguintes
... tá valendo... sempre há tempo

FFX

Contra os agrotóxicos e pela vida

FÓRUM PEMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA

MOÇÃO PELA VIDA E CONTRA OS AGROTÓXICOS

Na aurora das ciências e avanços teconlógicos, a humanidade ainda não inventou algo que substitua o alimento necessário ao bom funcionamento do organismo. Após o paleolítico, ocasião em que o Homo sapiens deixou de ser nômade e passou a ser agricultor (8000 a.C.), inúmeras transformações ocorreram em função do poder instituído na humanidade, afetando as águas, as terras, o fogo e os ares. Adotando um modelo desenfreado de desenvolvimento, numa visão imediatista de lucro da minoria, testemunhamos a exclusão social e as injustiças ambientais que assolam o mundo. Sob o falso discurso de ser celeiro da humanidade, grande parte dos alimentos produzidos pelo agronegócio mato-grossense serve para refeição às vacas holandesas.

O uso e o nível de agrotóxicos, como fruto deste manejo sem ética, compromete a qualidade dos alimentos para o consumo humano e animal, provoca poluição, corrobora com as mudanças ambientais negativas, provoca competições desonestas, aumenta cada vez mais o abismo entre ricos e pobres e até impede que agricultores da agroecologia mantenham sua produção sadia e certificada. A insustentabilidade da vida mato-grossense não é somente instituída pelo governo, como estimulada essencialmente pelo manejo agrícola mecanizado e baseado em agroquímicos.

Para a defesa da sustentabilidade instituinte e planetária, os participantes deste fórum permanente contra os agrotóxicos e pela vida, manifestam-se:

ü Pela defesa do código florestal como parte da sustentabilidade planetária, que não tenha meramente um interesse econômico, nem seu objeto e muito menos o final almejado;

ü Por um zoneamento participativo, discutido e proposto no bojo do Grupo de Trabalho de Mobilização Social e que favoreça a agricultura familiar e a valorização do mapa social;

ü Pelo repúdio aos megaprojetos de hidrelétricas como Belo Monte, além das inúmeras PCH que destroem a natureza e a cultura e, assim, também pela suspensão de qualquer obra que venha prejudicar a integridade ambiental e também dos povos do Pantanal, com a imediata retirada do projeto de hidrovia Paraguai-Paraná do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);

ü Pela concordância da “Moção contra o uso dos agrotóxicos e pela vida” aprovada durante a realização do V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (São Paulo, USP, 20 de abril de 2011) em seus tópicos: Proibir a pulverização aérea de agrotóxicos, tendo em vista a grande e acelerada expansão desta forma de aplicação de venenos, especialmente em áreas de monocultivos; Suspender as isenções de ICMS, PIS/PASEP, COFINS e IPI concedidas aos agrotóxicos; e Elaborar e implementar um conjunto de Políticas Públicas que viabilizem a superação do sistema do agronegócio e a transição para o sistema da Agroecologia;

ü Pela defesa da autonomia das ciências éticas, que metodologicamente se inscrevem na soberania científica e essencialmente no compromisso político dos cientistas, seja na área da saúde, ecologia, educação, sociologia ou qualquer outra área do conhecimento e, portanto, repúdio a todo tipo de represália às pesquisas que evidenciem os danos causados pelos agroquímicos; (Pela valorização das pesquisas que evidenciem os danos causados pelos agroquímicos e proteção dos cientistas);

ü Pela criação de programas de pesquisa sobre os impactos dos agroquímicos na saúde, no meio ambiente e nos alimentos e consequente análise de resíduos nos produtos do agronegócio exportador, além do apoio às vítimas de contaminação;

ü Pela sensibilização dos conselheiros municipais de saúde, em especial o segmento dos usuários, quanto aos impactos na saúde e no meio ambiente, provocados pelo uso de agrotóxicos;

ü Pela defesa dos Direitos Humanos, em especial ao estudo e intervenção da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre as ameaças de morte em MT e erradicação imediata do trabalho escravo e da violência instituída no campo;

ü Pela defesa das vidas dos povos e comunidades tradicionais e grupos sociais vulneráveis, como os povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, artesãos, agricultores familiares, retireiros do Araguaia, seringueiros, trabalhadores do carvão e tantos outros grupos marginalizados pelo poder econômico;

ü Pela justiça socioambiental do campo e pela liberdade e autonomia dos sindicatos dos trabalhadores rurais na luta pela vida, e o nosso repúdio às ameaças de morte aos que combatem os agrotóxicos;

ü Pela responsabilização legal e penal daqueles que utilizam os agroquímicos, assumindo os riscos das externalidades advindas de seu uso no meio rural e urbano;

ü Pela proibição, no Brasil, da propaganda e uso de agrotóxicos já proibidos em outros países (especialmente na Europa) e sua equiparação à mesma condição de outras substâncias perigosas, com transporte e uso controlados; Por propagandas na mídia de massa que mostrem os males causados por agrotóxicos nas pesquisas feitas durante os últimos anos, que equiparam-nos às drogas tóxicas;

ü Pela defesa das zonas de amortecimento ao redor de vilas, cidades, terras indígenas e unidades de conservação em regiões agrícolas;

ü Pelo apoio efetivo e oficial aos agricultores familiares na conversão para modelos de agricultura de base ecológica;

ü Pela elaboração de políticas públicas (nos níveis municipal, estadual e federal) que viabilizem a agroecologia;

ü Pela defesa e valorização da agricultura familiar, considerando sua autonomia das sementes e técnicas tradicionais;

ü Pelo direito a um ambiente limpo, livre de agrotóxicos e transgênicos em que as populações com seus direitos velados tenham condições de justiça;

ü Pela defesa ampla, irrestrita e permanente da biodiversidade e de todos os elementos que tecem uma humanidade ética, socialmente inclusiva e ecologicamente protegida.

PELA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E DA TERRA!

Aprovada pela plenária final do Fórum Permanente contra o agrotóxico e pela vida, em 03 de junho de 2011, na ADUFMAT-UFMT, município de Cuiabá, MT.